sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Não me importa se a Paulinha é o anjo da semana...

Natal, dois anos depois de Micarla (Autoria: Anderson Almeida)



Há pouco mais de dois anos, Micarla de Sousa (PV) assumia o comando da Prefeitura de Natal. Eleita em primeiro turno, com o apoio decisivo do DEM, a jovem empresária chegou ao Palácio Felipe Camarão prometendo um choque de gestão na cidade. Com seu carisma, convenceu a maioria da população das suas intenções. O povo, sobretudo os estratos mais humildes da sociedade, depositou na pevista grande dose de esperança.
Dois anos depois da ascenção de Micarla, como está a capital potiguar? Para quem se deu ao trabalho de ler o plano de governo da então candidata do PV, o badalado GPS (Gestão por Políticas de Sustentabilidade), a conclusão é inevitável: Micarla é um fracasso.
A administração do PV não conseguiu avançar em nenhuma área. Pelo contrário. Natal retrocedeu nestes dois anos de poder de Micarla. Pra começar, leia um trecho da introdução do GPS, apresentado na campanha de 2008:
“Aqui [Plano de Governo], segurança, saneamento básico, pavimentação de ruas, energia elétrica, ordenamento da ocupação urbana e do trânsito, controle dos vários tipos de poluição e preservação ambiental não são palavras vazias, mas áreas que demandam soluções a curto, médio e longo prazo.
Quando se desce aos detalhes do plano, chegando-se às metas enumeradas pelo documento, o fracasso fica mais evidente. Em dado trecho, estão lá escritas as seguintes promessas: “Reduzir, na faixa de 10% ao ano: o déficit habitacional e as pendências fundiárias; o analfabetismo; o desemprego e os níveis de violência“.
Em outro trecho, a promessa é de aumentar em 10% ao ano, com base em quais estudos?!, os seguintes índices: saneamento, drenagem e pavimentação e a “oferta de eletricidade e telefonia pública (mediante gestões e planejamento compartilhado junto às concessionárias)“, além de ”aprimorar a organização do trânsito”, “fomentar ainda mais a indústria do turismo”, “orientar e proteger grupos sociais em situações de risco”, ”conferir maior eficiência às contas e aos serviços públicos” e “colocar Natal na pauta do movimento ecológico internacional.”
A prefeita deveria vir a público para exibir os índices que comprovem que sua gestão atingiu alguma dessas metas apresentadas no fictício GPS, assinado pela própria Micarla de Sousa, pelo coordenador do plano Marcos Valério de Araújo e por outros 28 “colaboradores” — entre os quais a “comunicadora” Priscila de Sousa, sua irmã.
As promessas vão além. Mas fiquemos, porém, nas áreas eleitas pela prefeita como prioritárias. Micarla concentrou boa parta da sua campanha em críticas à situação da saúde pública na gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT). Para resolver o problema, anunciou que construiria um Hospital da Mulher na Zona Oeste, um hospital de traumato-ortopedia na Zona Norte e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em cada região da cidade; disse que aumentaria em 10% ao ano o número de especialistas, leitos e ambulâncias, acompanhando o crescimento estimado da população; e se comprometeu em deixar a cidade com 1 médico público para cada 300 habitantes, nas quatro regiões administrativas.
Na educação, a lista de promessas é extensa: construir escolas, melhorar a estrutura das atuais, premiar a cada semestre as escolas melhor conservadas, construir novas escolas em regime de tempo integral, entre outras.
Na habitação, Micarla prometeu criar o “Bônus Moradia” para financiar reformas e a “Bolsa Moradia” para custear aluguéis de famílias removidas de áreas de risco.
As promessas para a segurança pública, se cumpridas, transformariam a cidade num verdadeiro paraíso. Entre outras coisas, anunciou que dobraria o efetivo da guarda municipal dos atuais 500 para 1.000 servidores; criaria rondas noturnas e diurnas motorizadas da guarda municipal; e criaria o Observatório da Violência e do Trânsito. Micarla foi a Bogotá (Colômbia) e a Diadema (São Paulo), gravou imagens para seu programa eleitoral e afirmou que implantaria os programas adotados por essas duas cidades que, com um conjunto de ações articuladas, conseguiram reduzir seus índices de violência.
O saldo da gestão Micarla de Sousa, como se vê, é pra lá de negativo. Faltam realizações, sobram promessas. Até agora, apesar de ter criado a Secretaria de Relações Interinstitucionais e Governança Solidária (Serig), como observou o ex-secretário adjunto da pasta, o sociólogo Paulo Araújo, a prefeita não adotou o modelo da governança como forma de governo. As práticas administrativas, ao contrário, são atrasadas e baseadas no clientelismo.
Perdemos a conta das trocas realizadas pela prefeita no seu secretariado. Para 2011, Micarla anunciou mais uma reforma administrativa. No ano passado, o município contratou os serviços de consultoria Fundação Getúlio Vargas, prometendo implantar um sistema de metas e melhorar a gestão em cada secretaria. Os cidadãos pagaram a conta, mas não viram o resultado.
O que menos se viu nestes dois anos de mandato de Micarla de Sousa foi planejamento, seriedade no trato da coisa pública e empenho verdadeiro para solucionar os problemas da população. A prefeita governa apelando para truques de marketing, faz da emissora de televisão da família dela palanque eletrônico para tentar resgatar sua popularidade e persegue aqueles que ousam criticar sua desastrosa administração.
Micarla brinca o tempo inteiro com a inteligência, a paciência e a boa vontade dos natalenses. Há poucos meses, armou um grande circo para dizer que não haveria aumento da tarifa do transporte coletivo da capital. No início do ano, se licenciou do cargo para fazer uma cirurgia cardíaca, delegando ao vice-prefeito Paulinho Freire a espinhosa tarefa de autorizar o aumento da passagem urbana. Com a estratégia, espera reduzir o impacto negativo da medida sobre a sua minguadíssima popularidade. O feitiço, ao que tudo indica, deverá se voltar contra a feiticeira.
Com 80% de reprovação popular, Micarla é um caso perdido. As pessoas estão cada vez mais insatisfeitas e fazem questão de manifestar isso. A revolta está nas pixações nos muros da cidade, nas manifestações públicas e nos gritos de “Fora Micarla!!!” que surgiram na internet e eclodiram nas ruas.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Visão interessante de Jô Soares acerca do Professor

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADOJô Soares
O material escolar mais barato
que existe na praça é o
PROFESSOR!É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Seja bem vindo!

Primeiramente, bem vindo ao "Inquietações de uma mente pensante".
 
Eu sempre fui um sujeito crítico. Para mim, é muito difícil enxergar uma situação e não poder dar uma opinião, ou ao menos dizer que algo é bom sem ao menos justificar o porque de ser bom, e eu sei que sempre acabo sendo prolixo.
 
E isso sempre me atrapalhou em minha vida, seja em relações pessoais, quanto profissionais. Entretanto, de um tempo para cá, resolvi fazer uma retrospectiva em toda a minha existência e aprender a aproveitar, da melhor maneira, tudo aquilo que julgo ser nobre ou peculiar em meus pensamentos e ações, tentando me livrar, portanto, de meus defeitos mais nocivos.
 
Dessa forma, procurei utilizar-me de minha capacidade de argumentação, minha inquietação com diversos fatores sociais relevantes, minha necessidade de expor a minha opinião e a escassez de pessoas ao meu redor que se interessem por discussões políticas, filosóficas, sociológicas, ou ao menos pouco mais aprofundada, e resolvi criar uma página onde tenho a liberdade de desabafar tudo o que minha mente fica maquinando incessantemente. Logo de cara, ainda aproveito e descarto a necessidade de encontrar alguém para escutar tudo que tenho para falar, pois aqui só lê quem realmente se interessa ;).
 
Pois bem. Agora um pouco do "porque" de um blog.
 
Sempre repugnei as "modinhas". As únicas que conseguiram me conquistar de alguma forma foi a do fotolog, em minha infância, e o orkut, mais tarde, que viria a me proporcionar muitas facilidades relativas às buscas de amigos antigos, só! Não tenho fazendinha, nem plantação de café, e nem essas outras atividades inúteis (opinião pessoal).
 
Entretanto, após ter levantado uma barreira enorme entre minhas preferências e o Twitter, a maior "modinha" de hoje, fui começar a perceber o quanto pode ser interessante o uso de diversas ferramentas virtuais que hoje são banalizadas pelos nossos "intelectuais" de plantão (os nerds), que fazem questão de deixar cada vez mais claro que a internet também pode ser uma ferramenta útil para quem não tem mais nenhuma ocupação na vida.
 
Logo, após observar a facilidade da disseminação da informação inserida no Twitter, e ter conhecimento de diversos fatos e pensamentos que julgo serem de imensa relevância no âmbito da discussão social, resolvi criar uma conta no Twitter.
 
Confesso até que me empolguei bastante com a ideia, pois quando eu penso que existem 20.479 membros na comunidade "Eu nunca morri na minha vida", no Orkut, por exemplo, eu penso: "Poxa, acho que meus pensamentos não podem ser menos interessantes do que uma declaração dessa, e olha só o tanto de gente que gostou".
 
Com tudo isso, juntei o cansaço de viver em uma sociedade alienada. Estou cheio de ser bombardeado diretamente com notícias como: "Veja quem vai sair hoje da casa dos brothers", "Ana Maria Braga muda o seu penteado e agora passa a escovar os cabelos para a direita", "Paris Hilton tropeça em frente de casa e quebra a unha", "Sílvio Santos assoa o nariz na frente das câmeras". Pelo amor de Deus!!!!!
 
Enquanto isso, no momento em que as atenções da população estão todas direcionadas a estas baboseiras, os nossos parlamentares aumentam os seus salários, aprovam projetos de leis ridículos, em suma, "cagam" para os governados, mas ninguém está nem aí. Não digo nem para sair nas ruas quebrando tudo, mas pelo menos demonstrar alguma revolta é um sinal de uma sociedade consciente de sua realidade.
 
Portanto, para finalizar essa longa primeira postagem deste blog, informo que meus textos terão como alvo a disseminação de uma conscientização acerca de como nosso país está submerso por um mar de corrupção e conivência, bem como debates acerca da imoralidade que está cada vez mais reinando entre nós brasileiros. 



Boa tarde!